Log de Montagem: dia 27/06 – Instalação das correias

Como sempre digo, o que eu faria sem a ajuda dos amigos que eu fiz na comunidade Reprap? Em São Cristóvão não achei as correias T5, quem me safou mais uma vez foi o Roberto (tb conhecido como RJ, ‘Inoxidável’ ou na praia como ‘O Esbelto’).

Eixo X
Como a correia era menor do que os furos padrão, tive que refazer os furos mais perto das bordas para ganhar alguns centímetros, ai trabalheira de novo, tira mesa, bota mesa, mede, fura, coloca de novo.

1º Problema: Correia mais baixa
Me incomodou um pouco a correia estar uns 5mm mais baixa que a polia. Aí fiquei mexendo a mesa pra e pra cá para sentir o movimento, e percebi que nas finais de curso ela ficava mais presa, deduzi que por causa da diferença de altura. Então eu usei a presilha da correia como base, com issso ficou na mesma altura e peguei uma pecinha que veio no meu kit e nem o Muringa sabia pra que servia e usei para prender por cima. Ficou jóia.

Correia t5 Reprap Prusa Belt

A correia de início ficou muito baixa forçando mais o fim de curso do eixo X

Alteração na altura,

Alteração na altura, usei a presilha como base, mas poderia ter sido um pedacinho de MDF ou qualquer outro material. Assim correu bem mais macio, encaixando direitinho no final.

2º Problema: Motor encosta na presilha da barra lisa do eixo X
Depois de todo este trabalho, ainda me acontece isso. Levando em conta que este motor esquenta bastante, ainda seria bom ter uns cm sobrando para colocar um dissipador de calor ou uma ventoinha.

Aí cheguei todo o conjunto cerca de 1cm para o lado, o que é fácil mas tem que furar a mesa mais umas vezes para colocar as correias de novo…

Mesa do eixo X

Aqui tive que deslocar os furos para a direita para o motor não encostar na presilha do lado esquerdo. A mesa ficou toda furada.

Eixo Y
É um eixo chato de trabalhar porque depois de tudo montado, o espaço é pequeno. Tem um detalhe adicional que é o seguinte: meu hotend é maior do que o buraco do carrinho, então tem que ficar grudado o tempo todo, o que atrapalha um pouco também.

Assim deu ruim!

Não ficou nada bom inverter a direção da extrusora! A correia passava raspando na engrenagem, ainda bem que existe o grupo de estudos para resolver uma questão destas.

O problema aqui foi que mesmo depois de olhar diversas fotos, quebrar a cabeça, ter certeza absoluta do que estava a fazer, no final das contas a correia estava encostando no motor!

Diferença de altura dos motores de passo

O motor da direita é um Kizan que comprei na Ultimachine para a extrusora, o outro é do Maia (gentilmente emprestado) que ele comprou no Alibaba.com, troquei eles de lugar (do eixo X para extrusora) na esperança de não encostar mais na correia, mas continuou com o problema.

Fui para a solução mais simples: virar ao contrário, só que ficou pior, a engrenagem grande encostava na correia. Aí pedi arrego, mandei para o fórum (https://groups.google.com/forum/?fromgroups#!forum/reprapbr), em 30 minutos já tinha algumas respostas com a solução!

Carriage na diagonal

A solução é simples: prender a extrusora na diagonal. Valeu grupo de estudos! Aparentemente assim o peso do motor que fica bem mais no alto, fica no meio do carrinho também o que deve ser bom, favorecendo o equilíbrio.

A solução é bem simples: prender na diagonal. Incrível que mesmo tendo 6 furos (3 de cada lado) que possibilitam prender o carro na diagonal, a minha cabeça só visualizava ele reto (ou virado para a frente ou para trás).

Referências:
Escolha das correias 

Construção do Hotend

Esta semana fui la na “Varanda” apreciar a vista, as ferramentas e companhia sempre irreverente do Roberto [RJ] Wazen. Estamos apanhando um pouco do hotend e adaptando as soluções do grupo para as peças que eu comprei do Canadá que são bem diferentes do que o pessoal esta fazendo agora.

Para fixar o resistor e o termistor no bloco usamos uma espécie de cola/silicone usado na junta de motores e que pode ser encontrado em qualquer loja de esquina. Nos testes iniciais ela resistiu bem e demora um pouco a secar, mas depois fica quase sólido, igual a chiclete velho.

Hotend, página do grupo sempre aberta para ter referências, o silicone, fita klapton, madeiras, extrusora, bisnagas de fibra de vidro para começar a amontagem.

Sobre os fios que usamos, eu fui no Rei das Válvulas antes de pegar fogo esta semana, e não achei nenhumas das peças que eu queria, o Roberto desmontou a torradeira da filha dele e pegou os fios com a cobertura de fibra de vidro (para resistir a altas temperaturas) e me emprestou.

Bloco aquecido vedado e fixado com silicone

O Wazen usou a luva de fibra de vidro cobrindo os fios até o corpo dos diodos. Isso é para isolar e não dar curto pois todos os contatos iam encostar no bloco de alumínio. Essa pasta vermelha é resistente a temperatura e se chama Siloc, adesivo de alta temperatura, usado em juntas de motor a explosão. Custa menos de R$ 7,00.

O Wazen arrumou uns belos tarugos de PTFE na Penha, mas o preço estava salgado: R$ 120,oo o quilo, no entanto, a qualidade é muito boa e temos certeza que vai aguentar o tranco a mais de 230º C. De qualquer maneira, vou pedir a ele o endereço e contato, embora ele ja tenha postado no grupo.

Bloco de PTFE

O bloco sendo usinado para as medidas que precisamos. A parte que encaixa na extrusora tem 15mm com 6mm de altura. Com o torno fica fácil de fazer! Depois vou dedicar um post ao torno caseiro do Wazen.

Depois testamos montamos o bloco sem a fixação das madeiras e com alguns ajustes o extrusor conseguiu empurrar o filamento através de todas as peças, tinham uns restos de PTFE que devem ter se fundido quando fizemos o furo maior e bloqueou um pouco. Depois tivemos dor de cabeça pra tirar o ABS que estava dentro do parafuso e do bico, ligamos numa fonte 12V e derretemos tudo para sair mais fácil, bem, nem tão fácil assim,  pois ainda quebramos uma broca la dentro e já sem paciência derretemos no fogão para poder testar o conjunto completo. Mas funcionou, uma tarde de labuta que cortou mais uma etapa da construção!

A melhor referência de montagem em português é a do blog do Paulo:
http://3dmachine.blogspot.com.br/2012/04/novo-hotend-para-reprap.html

Mais sobre motores de passo

Antes de mais nada, quero deixar claro que ainda não montei a minha Prusa e as peças ainda estão chegando (Muringa, cade as peças? rs), portanto tudo o que eu falar é resultado das minhas pesquisas principalmente no grupo (http://groups.google.com/group/reprapbr)  e dúvidas de leigo.

Motor de passo

Corte de um motor de passo

No momento estou me debruçando sobre os motores e percebendo que a grande questão é a sua compatibilidade com a eletrônica. São algumas variáveis que eu não conhecia e recorri a galera do grupo de estudos Reprapbr sobretudo o Alain Mouette que teve a gentileza de responder as perguntas e complementar com algumas informações.

Dimensões do motor:
Seu motor vai ter que caber e ser parafusado/encaixado nas partes impressas. O tamanho parão é NEMA17 (um padrão interessante para estudar como curiosidade), isso significa que tem 1,7 polegadas, ou 42mm de lado.

Segundo o Alain, o comprimento do motor é diretamente relacionado com a força do motor. Os maiores são de 48mm, portanto recomendados. Ele não acha que faça diferença um de 40mm, mas o menores são mais fracos.

As demais especificações como eixo de 5mm são as mais comuns, o projeto já foi feito para simplificar se for diferente vai ter que adaptar.

Torque
Para o extrusor tem que ter no mínimo 4.4 N/m de torque (1N = 1Kg.f), o que dá 61 oz/in (onças por polegada). Em Steppers nunca se avalia a “potência”, mas sim o torque (holding torque).
Para o extruder é bom um motor forte, para os eixos XY é bom um motor forte e rápido, para o Z pode ser mais fraquinho porque os movimentos são lentos e muito desmultiplicados por causa da barra roscada.

Para os demais movimentos, acho que não necessita tanto, mas é altamente recomendado ter os outros motores iguais entre si por que senão vai ser bem dificil
regular, sincronizar e calibrar.

Dica:
Só acho anúncios em oz/in, como achar o torque?
http://www.alwayslearn.com/conversion/torque.html

Dados mais dificil mas importante:

  1. Resistência (Ohms).
    Segundo o Alain, os drivers atuais das RepRaps são bons, mas devem aguentar 1.8A bem no limite.
    Isso é realmente importante, mas tem um motivo por trás: o mesmo motor (exatamente) é fornecido enrolado com diversos fios diferentes. Em geral um é para alimentar com 12V sem limitação de corrente, a resistência é a mais alta, e é o mais fraco. Os demais são enrolados com fio progressivamente mais grosso, isso diminui a resistência, mas principalmente a indutância, mas como muitas vezes só se sabe a resistência serve como avaliação grosseira.Esses demais motores precisam de um driver com limitação de corrente, bem mais complexo, mas conseguem uma velocidade melhor porque o torque cai menos com a velocidade.É comum alimentar motores com 20 a 50 vezes a tensão nominal, mas o driver custa muito mais caro… e temos que nos limitar a 12V (no caso do Alain, ele usa 24V).

Sobretudo pra quem é pão duro como eu e gosta de economizar, a tentação de comprar promoções no ebay, alibaba.com, goodbuy etc é grande porém é bom prestar atenção a estes detalhes antes de fechar a compra. Aqui vai uma dica que rolou lá na lista: um motor com 1.7A de resistência, torque e corrente bons.

Mais uma vez, gostaria de agradecer ao Alain Mouette pela paciência e boa vontade de responder as perguntas cujas respostas estão aqui.

Escolha dos motores

Não é pra um carro novo, é pra nossa Prusa mesmo. Estou tendo muitas dúvidas sobre qual motor comprar, os preços variam muito e as especificações também. Aí quem quer montar a sua Reprap sem um maior conhecimento de eletrônica (como eu) tem que estudar um pouco.

Um desenho do NEMA 17

Olhando assim, parece simples...

De início, NEMA 17, é só o tamanho, de 1.7 polegadas. Isso foi definido para uma padronização maior e é ótimo, mas os infinitos tipos e configurações de motores continuam existindo debaixo dessa carcaça.

Leia o básico do básico sobre os motores de passo.
Veja aqui na wiki, as recomendações “oficiais”.

Eu sei que bate aquela ansiedade porque voce sabe que vai demorar pra chegar e dá vontade de montar tudo logo e imprimir. Mas de qualquer jeito, há um longo caminho de “dor” e aprendizado de eletrônica pela frente.

Só com a ajuda da comunidade...

Seria mais fácil escolher entre gasolina ou alcool, 1.6 ou 1.0. Aqui o bicho pega mais!

O que é melhor? Maior corrente e menor resistência ou menor corrente e um torque mais modesto? Difícil saber, mas em breve eu vou organizar e postar uma conversa via email que tive com o Alain Mouette da Reprapbr.