Falta de atenção igual a Pololus queimados, duas semanas sem imprimir, dez horas de trabalho e 220 reais perdidos.

No carnaval fui a Friburgo e levei a minha impressora. Assim eu poderia fazer os upgrades colocando as peças que imprimi na semana e melhorar a fiação que está um pouco bagunçada.

O erro
Mês passado meu hotend não esquentava e quando esquentava depois de começar a extrusão a temperatura caía. Aí o Maia percebeu que um dos fios era muito mais fino do que o outro e estava esquentando, colocamos um outro mais grosso em paralelo e o problema foi resolvido.

Detalhe da entrada de energia da RAMPS

Detalhe da entrada de energia da RAMPS

A partir daí comecei a dar uma geral nos fios, e vi que os que vão da fonte para a RAMPS eram finos, pois na época usamos uns de sucata que estavam a mão só para testar. Fui lá todo pimpão fazer a melhoria mas na hora de ligar nos bornes colquei eles invertidos mesmo tendo colocado cores padrão (preto negativo e amarelo positivo).

Resultado: Pololus em chamas
Assim que liguei a fonte, uma forte faísca saiu debaixo dos Pololus da extrusora e do eixo X. Pololus fritos… A partir daí, muito pouco o que fazer, comprar outros, esperar, desmontar e calibrar tudo de novo.

Coloquei os cabos na posição correta, retirei todos os Pololus e para meu alívio o Arduino e a RAMPS estavam funcionando.

Flaming Pololus, Burned Pololus due to inverse polarity in flames

Pololus queimados

Adquirindo e montando novos Pololus
Na pressa acabei pegando quatro Pololus novos no eBay, de um cara do Reprap.me (Dinamarca) a 10 USD cada um. Eu já tinha comprado com ele antes e tinha entregue bem rápido, chegou em 15 dias com o frete de 2 USD. Só que dessa vez cometi a asneira de receber via Fedex, demorou uma semana e fui taxado em R$ 84,oo para uma compra no valor total de 40USD mais 30USD de frete. Prejuízo total: cerca de R$ 220,oo.

Era melhor ter esperado os 15 dias e ter gasto somente 45 USD, ou arriscado com os Pololus originais de onde temos relatos da lista de entregas em 1 semana via USPS com o frete mais simples.

Pololus na mão, vamos soldar!
Uma coisa que eu nunca fiz bem foi soldar eletrônicos (vide meus projetos de Arduíno), mas como a necessidade é a mãe do aprendizado, lá fui eu soldar os Pololus. O problema adicional é o tamanho dos stepsticks, cerca de 20mm por 15mm para soldar 16  terminais (8 de cada lado), o que dá pouco mais de 2mm por ponto e os componentes são muito perto um do outro.

Tamanho da placa: 20mm por 15mm, o grid é em centímetros. A breadboard é importante para deixar os terminais bem na vertical facilitando a soldagem.

Dicas e materiais:

  • Fazer tudo com calma e atenção;
  • Ferro de solda LIMPO, esquentei, passei uma esponja e depois uma lixa. Eu recomendaria um ferro com controle de temperatura;
  • Fio de solda FINO;
  • Breadboard para espetar os terminais. Quando soldei umas coisas pro Arduino, ficaram muito tortos! Depois vi que espetando eles na breadboard fica facinho;
  • Quando for soldar, encostar o ferro de solda pelo lado de fora e na direção contrária pressionar o fio.

Esse foi o melhor jeito que achei para soldar as peças.

As peças são muito pequenas e a solda pode fechar os circuitos, por isso antes de ligar e pegar fogo é bom verificar bem olhando e raspando com o ferro de solda ou uma chave de fenda os espaços entre os terminais.

Conclusão
Há dois dias montei tudo na RAMPS e funcionou ok, demorei um tempão para regular o motor Z: mais de uma hora. O motor X está funcionando lindamente mas o Pololu esquenta bastante, estou na dúvida se altero para tentar diminuir isso.

Ontem depois de tudo montado ainda não consegui imprimir, aí verifiquei mais uma lição de Extreme Go Horse que deve ser usada na Reprap: Se está funcionando não rela! Atualizei o Repetier host para 0.84 e quase quebrei a mesa umas 3 vezes, não sei porque ele mudou as posições iniciais que eram de 0x 0y e 0z para o meio da mesa e o Z em 0,04 mas desce bem mais do que isso. Alguém tem alguma idéia?

Ainda vou ter mais uns dias para estudar e ver o que está acontecendo antes de voltar a me divertir com a impressora.

Melhorias para a Prusa, minha coleção no Thingiverse

Para quem não conhece o Thingiverse é um site colaborativo onde podem ser encontradas milhares de peças, utensílios, brinquedos ou curiosidades para impressão 3D, corte a laser, CNC, projetos de eletrônica etc.

Meus dois conselhos para quem começar a montar uma impressora agora são:

  • Monte a impressora mais simples possível, menos complexidade=menos erros, menos fios, menos curto-circuitos;
  • Incremente e invente depois de ela estar funcionando.

Algumas peças já impressas:

Prusa vibration, wobble, z-feet adjustment

Pés ajustáveis para o eixo Z. Diminuem a vibração e dão mais rigidez, uma vez que este eixo é mais largo que a base e não se apoia em nada. Veja mais detalhes em: http://www.thingiverse.com/thing:10640

Z Rod Constraint. Esse é um “defeitos” mais conhecidos da Prusa, o deslocamento causado pela barra roscada do eixo Z, com essa peça esse deslocamento diminui. Mais detalhes em: http://www.thingiverse.com/thing:17476

Esta peça é interessante mas como a minha ventoinha é bem forte, não sei é a mais adequada, pois um pouco do vento parece voltar pelo próprio fan. Ela existe pois os motores (somados aos 40C do Rio) esquentam muito e perdem o passo. Mais detalhes: http://www.thingiverse.com/thing:35436

Para acompanhar a minha coleção de melhorias para a Prusa Mendel
Esta lista prioriza peças fáceis de imprimir mesmo com a impressora sem estar 100% e que não precisam uma remontagem nem instalações complicadas. A idéia é melhorar algumas coisas como alinhamentos, vibração e wobble (que é  o desalinhamento das camadas).
http://www.thingiverse.com/vinagre/collections/prusa-mendel-i2-improvements

Desenhando suas próprias peças para impressão no Sketchup: importando e exportando em STL

Até o momento só imprimi peças de reposição e melhorias para a minha Prusa Mendel i2,  mas qual a graça de ter uma impressora se você só imprime peças baixadas no thingiverse para ela mesma? Enquanto aguardo os Pololus que vão substituir os meus que queimaram, estou reforçando e alinhando melhor a minha máquina além de estudar mais sobre ela, e nisso entrou o desenho de novas peças.

O que é um STL?
STL é o formato que o Slicer lê os sólidos para fatiar. Quer dizer “STereoLithography” ou “Standard Tessellation Language” e ao contrário dos arquivos CAD possui dados espaciais bem básicos, não possuindo qualquer informação sobre cor, material ou texturas.

Saiba mais aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/STL_(file_format)

Tela do Slic3r com o gcode ao lado descrevendo as fatias e os movimentos de cada camada.

OpenScad: O caminho mais comum

Nem sempre é o melhor… baixei e instalei o Openscad e fiquei perplexo sem entender nada pois não se parece em nada com qualquer programa 3D que eu tenha usado antes como o Rhino, Sketchup e o 3DMax. Vi que antes de desenhar qualquer coisa simples que seja, ia ter umas boas semanas de aprendizado pela frente e por isso deixei isso de lado.
openscad

Link para o Openscad:
http://www.openscad.org/

O caminho da segurança e conforto
Não sou nenhum gênio do Sketchup mas tenho usado bastante para os trabalhos de desenhos de cenários e móveis de cinema, por isso acho mais produtivo centrar esforços nele. Particularmente gosto bastante deste software que além de gratuito tem boas funções de medidas e facilidade de uso. Visitando o blog do Muringa achei um post muito legal onde ele dá uma luz de como usar o sketchup para ler e gerar formato stl.

Conceitualmente não é tão simples a conversão de skp para stl porque o sketchup gera objetos ocos se eles tiverem um buraco na superfície, sem preenchimento e com muitas linhas coplanares. Daí o Muringa colocou uma lista de plugins que auxiliam este trabalho.

  1. Importar arquivos STL
    https://github.com/SketchUp/sketchup-stl
    para instalar: > windows > preferences > extensions , escolher o arquivo. Depois em importar/exportar vão constar as opções de STL.
  2. Deletar linhas coplanares
    deleteColanar
    http://www.cad-addict.com/2009/07/sketchup-plugins-delete-coplanar-edges.html
    Link direto para o download (deve ser gravado dentro de <sketchup/Plugins>).
  3. Detectar buracos e falhas em um sólido: Solid Inspector
    mmc-solid-test
    Para instalar o solid inspector, tem que instalar uma lib chamada TT_Lib2 antes:
    http://sketchucation.com/forums/viewtopic.php?f=323&t=30503
    Depois instalar o plugin:
    http://sketchucation.com/forums/viewtopic.php?t=30504

Link do post do Muringa:
http://www.reprapbr.com.br/2012/11/softwares.html

Link da página de softwares do wiki da Reprap
http://reprap.org/wiki/Useful_Software_Packages

Tabela com motores de passo recomendados para Reprap

Stepper motor

O Alain Mouette fez essa tabela e gentilmente disponibilizou no google docs. Pelo preço (entre 250 e 500 reais o conjunto) e pelas tantas diferentes especificações os motores são um dos itens com mais dúvidas na lista reprapBr e com este documento voce pode já sanar algumas questões.

Link para a planilha:
Steppers-corrente-custo-beneficio

Via:
Grupo de estudos reprapBr

Veja também meus outros post sobre os motores de passo:

  1. Escolhendo os motores de passo
  2. Mais sobre motores de passo

Irrigação inteligente com Arduino: parte 2

Chegando no galpão em Lumiar (Nova Friburgo) só tive que fazer uns ajustes para isolar mais a caixa que protege a eletrônica e usei cola derretida (silicone) para prender o sensor de temperatura e umidade DHT11 para o lado de fora da caixa assim como prender o relay (relé) que não tinha buraco para parafusos.

Sendor DHT11

Sendor DHT11 colado na caixa de proteção com cola quente.

Fiz a fixação dos relés e do Arduíno com cola quente. Os orifícios são para passar os fios por baixo desta caixa plástica, assim a isolação contra umidade foi melhor. Depois dos fios passados ainda coloquei mais silicone.

Caixa para proteger as ligações e alimentação elétrica
Estando a eletrônica protegida, a próxima etapa foi passar os fios (220V~240V) para dentro do galpão e puxei de um outro prédio da Lumiar Cogumelos que fica uns 10 metros do galpão. Para proteger as tomadas fiz uma caixa de MDF e coloquei um pedaço de telha que estava sobrando, ficou assim:

Caixa de proteção da eletrônica

Caixa de proteção, a tomada da esquerda está controlada pelo relay e a da direita é para alimentar o Arduíno, ficando ligada direta.

Depois de colocar no lugar, dei uma verificada na corrente, se não tinha nenhum curto etc e finalmente liguei, foi mais simples do que eu achava e funcionou de primeira. Agora estou em contato com o cliente para irmos acertando os parametros corretos para a irrigação, de início vamos espaçar mais o intervalo de 15 minutos para 4 horas.

Confesso que ver um projeto destes funcionando é bem emocionante, num dia quente como estava sentir a água fria preenchendo o espaço foi bem agradável:

Água gelada sobre os cogumelos no galpão

Irrigação inteligente com Arduino Parte 1:
Veja aqui sobre o código, montagem e sensores

Chegando perto de fazer o seu próprio filamento

Todo mundo que monta uma impressora 3D pensa nisso pelo menos uma vez quando vê o preço do plástico e a quantidade de impressões perdidas. Muita gente tem desenvolvido soluções mas até o momento nenhuma  com sucesso ou reproduzível em casa. Creio que em breve esse momento vai chegar dada a quantidade de gente tentando.

Imagens da extrusora

Uma boa notícia é que um alemão chamado Marcus Thymark vem testando com resultados animadores uma extrusora desta, primeiro o plástico é triturado e depois com alta pressão ele consegue produzir o filamento sem degradar o plástco. A primeira parte já foi feita e ele decidiu seguir o projeto como open source.

Via
Core 77
Filamaker

Primeira impressão

Opt Endstop holder

Minha primeira peça

Foi com muita alegria que consegui fazer a primeira impressão com qualidade o bastante para se chamar assim. Já faz um ano que comecei a comprar as primeiras peças e na semana passada na casa do Maia que também tem uma Prusa conseguimos imprimir esta peça acima.

Foi um desafio, e bem mais dificil do que eu imaginava mas por outro lado aprendi e agreguei mais do que imaginava sobre diversas áreas. O tempo todo tive que tomar decisões influenciam todo o projeto, muitas vezes no escuro mas que mas que agora, depois da primeira impressão bateu uma grande sensação de tranquilidade e realização. Vale a pena pessoal!

Maiores problemas e dificuldades:

  1. Dificuldade e demora em obter peças eletrônicas ou de precisão pois o preço aqui no Rio é impraticável;
  2. Hotend não funcionando direito e não encaixando na extrusora, usinagem e tornearia não são tarefas simples como parecem;
  3. Pequenas peças como suportes de endstops e presilhas das barras de PLA racharam;
  4. Parafuso trator feito em cada ficou irregular;
  5. Falta de conhecimento;

Soluções:

  1. Esperar e antecipar compras, tentar comprar com alguém do grupo;
  2. Comprar um conjunto inteiro já testado, o do grupo é excelente;
  3. Não apertar demais ou usar ABS, embora haja discordâncias em relação a isso;
  4. Peça a um torneiro para fazer uma recartilha em um parafuso ou compre um pronto;
  5. Estudar e participar do grupo de discussão.

Dicas:

  • Não compre apenas as vitaminas (parafusos, arruelas, porcas) listadas, compre tudo em dobro (exceto barras rocadas) e com tamanhos diferentes, sempre aparecem situações onde um fim de semana inteiro de trabalho não é concluido por falta de um parafuso de R$ 0,30;
  • Não economize em ferramentas, ao contrário do seu smartphone que fica obsoleto antes de sair da loja, elas vão durar para sempre e vão te ajudar muito mais; Dicas: multimetro, termometro termopar, chaves canhão de 5mm, 5,5mm, 6mm e DUAS 13mm conjulgadas (estrela+boca).
  • Não abuse do trava rosca, eles são feitos para nunca desmontar, dê preferência a porcas travantes e arruelas de pressão;
  • O Roberto Wazen fez uma base de MDF que me ajudou muito no transporte e na rigidez da Prusa, depois eu aumentei essa base e uso até hoje. Nela fixei a fonte e a eletrônica, deixando o acesso ao interior da impressora livre;
  • Aumentei um pouco a largura da minha impressora colocando mais duas porcas de  cada lado, o que aumentou cerca de 5cm no total deixando mais espaço para fixar os hotends, trabalhar, passar fios além de diminuir um pouco a possível inclinação por diferença entre os eixos do Z;
  • Aumento da largura, deu mais espaço para trabalhar

  • Mantenha a simplicidade do projeto que já funciona para milhares de pessoas, invente depois que começar a imprimir, fica mais divertido.

Configuração final em 06 Fev 2013

  • Modelo: Prusa Mendel i2 Metrica impressa pelo Muringa em PLA;
  • Eletrônica: RAMPS 1.4 da Ultimachine;
  • Extrusora: Greg Wade´s Extruder em ABS impresso pelo Muringa;
  • Hotend: Grupo de Estudos ReprapBR montado pelo Alain Mouette;
  • Mesa aquecida: PCB MK2 Heated Hot Bed;
  • Fonte: 12V 30A 360W Switching Power Supply (uso ela com corrente de 15V);
  • Motores 4 x NEMA 17 Minebea para os eixos e 1 Kizan para a extrusora;
  • Rolamentos lineares LM8UU;
  • Endstops opticos;
  • Polias GT2 de 36 dentes.

Agradável Surpresa
Mesmo trabalhando na área de desenvolvimento de software e já ter participado de projetos grandes que geraram software livre eu nunca tinha sentido de verdade o que é uma comunidade virtual. Só aqui na comunidade ReprapBR é que enxerguei o sentimento bacana de pertencimento e objetivos comuns, alegrias por ver problemas superados, agregar conhecimento e pessoas.

Foi uma grata surpresa presenciar o trabalho do grupo principalmente do Alain, Muringa, Paulo Fernandes e tantos outros que conheci depois do encontro do Guia CNC em Campinas e posso considerar amigos como o Roberto Wazen (to com saudade, papito, mas estava muito enrolado pra encontrar) e o Maia. Espero dar a minha contribuição e retribuir todo o apoio que recebi.

Agradecimentos
Eu jamais teria montado a impressora somente com os tutoriais espalhados na internet, contei nesse tempo com a ajuda do grupo reprapBr que na maioria das vezes me respondia os problemas em questão de minutos, entre eles o Muringa e o Alain Mouette.

Aqui no Rio, eu contei com a constante ajuda do Roberto ‘Inox’ Wazen que com empolgação e irreverência raras me ensinou a ter paciência nos procedimentos de montagem, rudimentos de eletronica além de ter emprestado várias peças. E também com o Maia que me emprestou os motores e resolveu várias partes obscuras da parte de eletrônica.

Muito obrigado pessoal!

Projeto de irrigação inteligente com Arduino – parte 1

Desenvolvi este sistema para um cliente irrigar seu cultivo de uma iguaria deliciosa: cogumelos Shiitake. Como é muito sensível a variações de temperatura e umidade, o objetivo é equilibrar e manter estas variáveis mais constantes dentro da estufa. Em uma semana muito quente ou pouco úmida, a quantidade da colheita pode variar mais de 100% e a qualidade com a falta de umidade deixa o fungo muito mais seco.

Caixa da eletrônica.

Esse é o aspecto geral da traquitana, com exceção do sensor de temperatura e umidade, que fiz um orifício para ele ficar para fora. Tudo fica bem vedado aí dentro para entrar menos umidade quanto possível, que é bem alta o tempo todo, fora a possibilidade de pequenos insetos entrarem também e causarem um curto.

Tomadas de decisão
A estufa/galpão já está em operação e a irrigação por aspersores é feita por uma bomba acionada manualmente pelo funcionário todas as manhãs. Então o meu trabalho aqui se resume a fazer a eletrônica, o software e a sua instalação no galpão.

Como ainda não sabemos o impacto no cultivo, planejei com a Lumiar Cogumelos a implementação em várias etapas incrementais e começar o mais rápido possível. Assim, o protótipo V Mk I (Vinagre, marco 1) é bem básico e não tem mostrador nem grava log. Suas funções são:

  1. A cada 10 minutos verifica a temperatura e umidade;
  2. Caso a temperatura esteja MENOR IGUAL QUE 28ºC OU umidade MENOR IGUAL 85%, uma bomba é acionada.

Coloquei todos os componentes dentro de uma única caixa para facilitar a montagem em casa e depois só montar lá em Nova Friburgo. Pensamos na possibilidade de espalhar mais sensores e deixar a eletrônica perto da tomada da bomba, mas isso ia requerer passar um fio de 10m para o sensor, o que consideramos inviável.

Dadas as condições  com uma só caixa o sistema fica mais robusto. Isso é importante pois temos que considerar as intempéries  numerosos animais e que é uma área de movimentação na colheita, a probabilidade de romper um fio fino era grande. E o Xbee (para wireless) ia complicar o projeto e triplicar o preço.

Montagem
Comecei a montagem fazendo os testes somente a leitura de temperatura, depois só o acionamento do relay (Relé), vi que tudo funcionava e depois juntei as duas. Com a quantidade de fios aumentando começa a ficar mais complicado, principalmente para puxar e compartilhar a alimentação de 5V mas ainda dá pra fazer direto no Arduino usando os pinos VIN. Mais que isso, com o SD e o LCD, temos que usar uma prototype shield ou uma placa PCB de prototipagem e soldar as ligações.

Estágio de testes, montei com calma cada um separado e depois juntei a eletrônica e o código. Isso foi importante para entender a dinâmica e comportamento de cada elemento.

Lista de Material
Muitas peças eu já tinha estocadas, mas outras comprei na rua República do Líbano aqui no Saara. Se voce puder esperar pela entrega do eBay, a economia sai no mínimo em 50% incluindo a entrega, mas demora sempre entre 30 e 60 dias.

  1. Arduino Duemila – R$ 34.00 no eBay;
  2. Sensor DHT11 já montado- R$ 7,00 no eBay;
  3. Módulo relay (1 relay)- R$ 3,60 no eBay;
  4. Verniz para proteger eletrônica: R$ 12,00 no Saara;
  5. Fonte 220V input – 9V output 1A: R$ 18,00 no Saara (pelo menos é made in Brazil);
  6. Vasilha para servir de case: R$ 3,50 em loja de potes de cozinha;
  7. Base de mdf de 6mm, sucata.

Custo total: R$ 78,10
Sendo que o verniz ainda pode ser usado em muitos outros projetos, então o custo somente dos componentes seria de R$ 66,10.

Esquema de ligação do arduino, o relé e o sensor de temperatura e umidade

O esquema é basicamente este, foi desenhado no Fritzing. Só atenção aos pinos de saída que voce pode mudar como quiser.

Referências e programação
Provalvemente voce vai ter que baixar e instalar uma biblioteca do Arduino dentro da pasta libraries para poder incluir a dht11.h, para o relay não é necessário instalar nada. Segui este ótimo tutorial para o sensor de temperatura:
http://learn.adafruit.com/dht

Para o relay, este é bacana:
http://www.arduinotutorials.com/view.php?id=5555

Código

/*************************************************************
project: Irrigacao da Lumiar Cogumelos
author: Raphael Vinagre
data: 23/01/2013
description: Sistema de controle de temperatura e umidade de
estufa. Parametros definidos no codigo.

Intervalo de leitura: 10 minutos

Tempo de acionamento da bomba: 1 minuto
Componentes: Sensor DHT11, Relay.
*************************************************************/

int i = 0; // para contar o n de acionamentos da bomba

#include <dht11.h>
dht11 DHT11;

#define DHT11PIN 2 //pino do DHT11

#define RELAY1 7 //pino do relé

void setup()      {

Serial.begin(115200);
Serial.println("DHT11 TEST PROGRAM ");
Serial.print("LIBRARY VERSION: ");
Serial.println(DHT11LIB_VERSION);
Serial.println();
pinMode(led, OUTPUT);
pinMode(RELAY1, OUTPUT); 
}

void loop() {
Serial.println("\n");
int chk = DHT11.read(DHT11PIN);
Serial.print("Read sensor: ");
 switch (chk)

 {
 case 0: Serial.println("OK"); break;
 case -1: Serial.println("Checksum error"); break;
 case -2: Serial.println("Time out error"); break;
 default: Serial.println("Unknown error"); break;
 }
Serial.print("Humidity (%): ");
Serial.println((float)DHT11.humidity, 2);
Serial.print("Temperature (oC): ");
Serial.println((float)DHT11.temperature, 2);

 if (DHT11.temperature >= 28 || DHT11.humidity <= 90 )
 {
 Serial.print("Temperatura Maior Igual 28C \n");
 digitalWrite(RELAY1,LOW); // Turns ON Relays 1
 Serial.print("Bomba LIGADA \n");
 delay(60000); // Wait 1 minute
 digitalWrite(RELAY1,HIGH); // Turns Relay Off
 Serial.print("Bomba DESLIGADA \n");
}
else {
delay(60000); // Espera 1 minuto para nao dar diferenca de tempo se a bomba nao é acionada.}
Serial.print("\n id:");
Serial.print(i); 

 i++; 
delay(540000); // send the temperature every 10 minutes 540000 + 60000 milliseconds (bomba acionada)
 //pausa final: 10minutos. Calibrar pois o tempo dos intervalos se somam.
}

//
// END OF FILE
//

 

Incrementos futuros

  • Trocar o sensor DHT11 para o DHT22, para melhor resolução da umidade;
  • Acoplar o módulo SD para gravar um log da temperatura em uma planilha;
  • Colocar um mostrador de LCD com o status da medição;
  • Reprogramar o software usando funções de timer mais avançadas.

Espero que seja útil, e qualquer dúvidas, melhorias ou sugestões são sempre bem vindas. Assim que eu tiver as fotos e avaliações da instalação eu coloco em um novo post.

Fritizing: software para desenho de esquema de eletrônica

Estava estudando um pouco de Arduino no tempo livre e descobri por acaso este belo software gratuito. Sou leigo em eletrônica e talvez por isso fique muito mais fácil para montar os componentes olhando um desenho ou esquema, e com o Fritizing voce pode ter algumas vizualizações diferentes, incluindo essa que parece com os elementos na vida real.

Diga voce se facilita ou não para montar? O programa é muito bom para documentar o que fizemos, pois sempre que eu monto um projeto acabo desmontando depois, pois só tenho uma peça de cada.

Dentre as vizualizações diferentes, há com a prototype board, a de esquema de eletrônica tradicional e PCB.

É só baixar e usar. Na loja deles tem vários componentes e sensores com bons preços além de imprimirem circuitos sob encomenda também.

Link:
http://fritzing.org/

Colocando novos acopladores (couplings)

Aproveitando que eu estava dando uma melhorada nos fios e alinhamentos da Prusa, coloquei os acopladores (Couplings) que tinham chegado mas não quis colocar antes porque não tinha muita necessidade também.

Infelizmente a parte de cima soltava mesmo usando o macete da borracha de filtro de água.

Quando a impressora estava no Maia, um dos couplings estava caindo, isso por causa de uma  caracteristica da Prusa que é ter os motores do eixo Z em cima, o que faz o eixo ‘puxar’ o peso do conjunto do carro  do eixo X mais os próprios eixos. O acoplador de PLA preso no eixo coberto pela mangueira de plástico não estava segurando, com o tempo a borracha ressecou e ficou mais frouxa e tem o desgaste natural do plástico numa peça destas que está sempre trabalhando.

Acoplador de alumínio, dá uma flexibilidade boa permitindo desalinhamentos arrochando somente cada eixo através de um parafuso transversal.

Os novos que eu coloquei são de alumínio e me custaram menos de 3USD cada no ebay. Como outras compras, se tiver a palavra Reprap fica mais cara, assim sendo, é melhor perder um tempo e se ligar nas especificações e aqui são um lado de 8mm (ou 5/16) e 5mm do outro lado, que são as medidas da barra roscada e do eixo do motor NEMA 17. Fica bem firme pois tem o parafuso que trava cada eixo e a instalação fica bem vistosa.

Imagem de coupling

Modelos de coupling, não achei outras imagens que mostram alguns couplings que tem bilhas e outras coisas para reduzir ou anular o “backslash”.

Mas para o que serve um acoplador?

  • Para conexões e junções de eixos (como entre um gerador e um motor) para possibilitar a desconexão para reparos;
  • Para introduzir flexibilidade mecanica entre os eixos e permitir desalinhamentos;
  • Reduzir o choque de um eixo para o outro;
  • Proteger contra sobrecargas;
  • Para evitar e diminuir vibrações do trabalho entre um eixo e outro.

A página da wikipedia é muito boa e vale a pena dar uma estudada.