Configuração do Repetier firmware

Ainda tenho que calibrar muita coisa depois de atualizar o firmware da impressora mas voltei a imprimir depois de umas três semanas parado. Na verdade quem configurou a impressora original foi o Maia mas desta vez tive que eu mesmo alterar algumas coisas e encontrei um monte de dificuldades das quais vou colocar aqui as principais.

Nessa jornada fui ajudado na maioria das configurações pelo pessoal da lista reprapBr que aliás estão entre os desenvolvedores do Repetier.

2013-03-06 08.37.27

Em ordem, as tentativas. Estão péssimas mas pelo menos estão melhorando! Não consegui imprimir nada funcional mas pelo menos estou aprendendo bastante sobre a impressora e seu funcionamento. Detalhe que a primeira tentiva pedeu o passo pois não liguei a refrigeração dos motores e da RAMPS/pololus

O que é o Repetier firmware?

É o programa que é gravado no Arduino ou qualquer hardware que comanda a impressora. Ele é editado no arduino host, compilado e gravado na memória da placa. Existem diversos firmwares como o Marlin, Spinter entre outros. Voce pode ver e uma lista e mais detalhes sobre cada um aqui:
http://reprap.org/wiki/List_of_Firmware

Firmware: configuração do Repetier 0.82
Eu atualizei o firmware pois dizem que a tabela de termistores dessa versão é melhor. Já havia alterado algumas coisas básicas e achei que seria simples, mas tem muita coisa a ser olhada e alterada e só consegui visualizar tudo com a ajuda do Winmerge que destacou a diferença entre os configuration.h que eu estava usando.

No entanto, para a parte de extrusão, aceleração etc não funcionou simplesmente copiar os dados que estavam no firmware anterior, por isso depois voltei com os valores default.

  1. Primeiro de tudo: EEPROM
    Se isso não for feito o configuration.h é ignorado e nenhuma modificação faz efeito.

    #define EEPROM_MODE 0
  2. Polias e correia:
    Colocar quantos passos por mm para cada eixo. Isso pode ser calculado aqui (http://calculator.josefprusa.cz/) colocando o número de dentes e tamanho das polias entre outras coisas.

    #define XAXIS_STEPS_PER_MM 101.859
    #define YAXIS_STEPS_PER_MM 101.859
    #define ZAXIS_STEPS_PER_MM 92.599
  3. Motor de passo da extrusora:
    Veja na calibragem, quanto tem que ser para 1mm de filamento. A dica de como calcular e fazer a medição está aqui.

    #define EXT0_STEPS_PER_MM 352.5
  4. Termistor do hotend: o mais complicado:
    Eu ainda não acertei pois acho que o meu esta quebrado e por isso estou usando o #1 (//1 is 100k thermistor) mas as temperaturas altas não estão reais e o meu ABS só derrete a 300º C. Acompanhe esta thread.

    #define EXT0_TEMPSENSOR_TYPE 1

    O que deve ser feito é achar o BETA do termistor, feito isso voce pode gerar uma tabela com N valores e acrescentar aqui no configuration.h. Como o meu hotend era o do grupo eu já peguei a tabela pronta do Alain neste tópico e tendo os beta, r0 etc pode vir aqui também: http://calculator.josefprusa.cz/

    #define EXT0_TEMPSENSOR_TYPE 5 // 5 is userdefined thermistor table 0

    E aí no NUM_TEMPS_USERTHERMISTOR0 voce coloca o número de elementos do array do USER_THERMISTORTABLE. Não sei porque mas aqui na tabela voce tem que multiplicar todos os valores, o primeiro por *4 e o segundo por *8. Aí fica assim:

    #define NUM_TEMPS_USERTHERMISTOR0 20 //numero de registros
    #define USER_THERMISTORTABLE0  { \{1*4,864*8},{21*4,300*8},{25*4,290*8},{29*4,280*8}... {1018*4,-20*8} }
  5. Mesa aquecida:
    Se você tem mesa aquecida, tem que parar nesta parte:

    #define HAVE_HEATED_BED true
    
    #define HEATED_BED_MAX_TEMP 90
  6. Endstops:
    Eu tive que desabilitar esta opçõa de chegar os endstops pois toda impressão a impressora quase quebrava pois tentava achar a posição 0 e não chegava, com isso batiam pra tudo que é lado. Mas se os seus endstops estão ok, não há com o que se preocupar:

    #define ALWAYS_CHECK_ENDSTOPS false
  7. Tamanho da mesa:
    a da Prusa Mendel é de 200mm x 200mm:

    #define X_MAX_LENGTH 200 //default: 95
    #define Y_MAX_LENGTH 200 //default: 95
    #define Z_MAX_LENGTH 120

Durante os testes um novo problema: hotend vazou
Depois de umas 5 impressões de teste o hotend vazou. Isso pode ser porque o plástico estava muito quente e “mais fino/líquido” passou mais fácil entre o metal e a barreira térmica, ou pode ser natural pela acomodação dos materiais (parafuso, madeira, metal e PTFE) depois de esquentar e trepidar muito. Aí não tem remédio: desmontar e ver o que aconteceu.

detalhe do hotend do grupo de estudos

O hotend vazou dá para ver o plástico laranja, aconteceu com outros usuários também. Vou desmontar e ver o que aconteceu.

Vou aproveitar e colocar o termistor que eu comprei do Paulo na 3Dmachine, isolar mais o hotend e refazer parte da fiação do hotend porque ainda está com 3 fios (2 originais mais um reforço pq um era mais fino e não segurava a corrente).

As threads da lista que tem a ver com este assunto está aqui:

 

Falta de atenção igual a Pololus queimados, duas semanas sem imprimir, dez horas de trabalho e 220 reais perdidos.

No carnaval fui a Friburgo e levei a minha impressora. Assim eu poderia fazer os upgrades colocando as peças que imprimi na semana e melhorar a fiação que está um pouco bagunçada.

O erro
Mês passado meu hotend não esquentava e quando esquentava depois de começar a extrusão a temperatura caía. Aí o Maia percebeu que um dos fios era muito mais fino do que o outro e estava esquentando, colocamos um outro mais grosso em paralelo e o problema foi resolvido.

Detalhe da entrada de energia da RAMPS

Detalhe da entrada de energia da RAMPS

A partir daí comecei a dar uma geral nos fios, e vi que os que vão da fonte para a RAMPS eram finos, pois na época usamos uns de sucata que estavam a mão só para testar. Fui lá todo pimpão fazer a melhoria mas na hora de ligar nos bornes colquei eles invertidos mesmo tendo colocado cores padrão (preto negativo e amarelo positivo).

Resultado: Pololus em chamas
Assim que liguei a fonte, uma forte faísca saiu debaixo dos Pololus da extrusora e do eixo X. Pololus fritos… A partir daí, muito pouco o que fazer, comprar outros, esperar, desmontar e calibrar tudo de novo.

Coloquei os cabos na posição correta, retirei todos os Pololus e para meu alívio o Arduino e a RAMPS estavam funcionando.

Flaming Pololus, Burned Pololus due to inverse polarity in flames

Pololus queimados

Adquirindo e montando novos Pololus
Na pressa acabei pegando quatro Pololus novos no eBay, de um cara do Reprap.me (Dinamarca) a 10 USD cada um. Eu já tinha comprado com ele antes e tinha entregue bem rápido, chegou em 15 dias com o frete de 2 USD. Só que dessa vez cometi a asneira de receber via Fedex, demorou uma semana e fui taxado em R$ 84,oo para uma compra no valor total de 40USD mais 30USD de frete. Prejuízo total: cerca de R$ 220,oo.

Era melhor ter esperado os 15 dias e ter gasto somente 45 USD, ou arriscado com os Pololus originais de onde temos relatos da lista de entregas em 1 semana via USPS com o frete mais simples.

Pololus na mão, vamos soldar!
Uma coisa que eu nunca fiz bem foi soldar eletrônicos (vide meus projetos de Arduíno), mas como a necessidade é a mãe do aprendizado, lá fui eu soldar os Pololus. O problema adicional é o tamanho dos stepsticks, cerca de 20mm por 15mm para soldar 16  terminais (8 de cada lado), o que dá pouco mais de 2mm por ponto e os componentes são muito perto um do outro.

Tamanho da placa: 20mm por 15mm, o grid é em centímetros. A breadboard é importante para deixar os terminais bem na vertical facilitando a soldagem.

Dicas e materiais:

  • Fazer tudo com calma e atenção;
  • Ferro de solda LIMPO, esquentei, passei uma esponja e depois uma lixa. Eu recomendaria um ferro com controle de temperatura;
  • Fio de solda FINO;
  • Breadboard para espetar os terminais. Quando soldei umas coisas pro Arduino, ficaram muito tortos! Depois vi que espetando eles na breadboard fica facinho;
  • Quando for soldar, encostar o ferro de solda pelo lado de fora e na direção contrária pressionar o fio.

Esse foi o melhor jeito que achei para soldar as peças.

As peças são muito pequenas e a solda pode fechar os circuitos, por isso antes de ligar e pegar fogo é bom verificar bem olhando e raspando com o ferro de solda ou uma chave de fenda os espaços entre os terminais.

Conclusão
Há dois dias montei tudo na RAMPS e funcionou ok, demorei um tempão para regular o motor Z: mais de uma hora. O motor X está funcionando lindamente mas o Pololu esquenta bastante, estou na dúvida se altero para tentar diminuir isso.

Ontem depois de tudo montado ainda não consegui imprimir, aí verifiquei mais uma lição de Extreme Go Horse que deve ser usada na Reprap: Se está funcionando não rela! Atualizei o Repetier host para 0.84 e quase quebrei a mesa umas 3 vezes, não sei porque ele mudou as posições iniciais que eram de 0x 0y e 0z para o meio da mesa e o Z em 0,04 mas desce bem mais do que isso. Alguém tem alguma idéia?

Ainda vou ter mais uns dias para estudar e ver o que está acontecendo antes de voltar a me divertir com a impressora.

Irrigação inteligente com Arduino: parte 2

Chegando no galpão em Lumiar (Nova Friburgo) só tive que fazer uns ajustes para isolar mais a caixa que protege a eletrônica e usei cola derretida (silicone) para prender o sensor de temperatura e umidade DHT11 para o lado de fora da caixa assim como prender o relay (relé) que não tinha buraco para parafusos.

Sendor DHT11

Sendor DHT11 colado na caixa de proteção com cola quente.

Fiz a fixação dos relés e do Arduíno com cola quente. Os orifícios são para passar os fios por baixo desta caixa plástica, assim a isolação contra umidade foi melhor. Depois dos fios passados ainda coloquei mais silicone.

Caixa para proteger as ligações e alimentação elétrica
Estando a eletrônica protegida, a próxima etapa foi passar os fios (220V~240V) para dentro do galpão e puxei de um outro prédio da Lumiar Cogumelos que fica uns 10 metros do galpão. Para proteger as tomadas fiz uma caixa de MDF e coloquei um pedaço de telha que estava sobrando, ficou assim:

Caixa de proteção da eletrônica

Caixa de proteção, a tomada da esquerda está controlada pelo relay e a da direita é para alimentar o Arduíno, ficando ligada direta.

Depois de colocar no lugar, dei uma verificada na corrente, se não tinha nenhum curto etc e finalmente liguei, foi mais simples do que eu achava e funcionou de primeira. Agora estou em contato com o cliente para irmos acertando os parametros corretos para a irrigação, de início vamos espaçar mais o intervalo de 15 minutos para 4 horas.

Confesso que ver um projeto destes funcionando é bem emocionante, num dia quente como estava sentir a água fria preenchendo o espaço foi bem agradável:

Água gelada sobre os cogumelos no galpão

Irrigação inteligente com Arduino Parte 1:
Veja aqui sobre o código, montagem e sensores

Projeto de irrigação inteligente com Arduino – parte 1

Desenvolvi este sistema para um cliente irrigar seu cultivo de uma iguaria deliciosa: cogumelos Shiitake. Como é muito sensível a variações de temperatura e umidade, o objetivo é equilibrar e manter estas variáveis mais constantes dentro da estufa. Em uma semana muito quente ou pouco úmida, a quantidade da colheita pode variar mais de 100% e a qualidade com a falta de umidade deixa o fungo muito mais seco.

Caixa da eletrônica.

Esse é o aspecto geral da traquitana, com exceção do sensor de temperatura e umidade, que fiz um orifício para ele ficar para fora. Tudo fica bem vedado aí dentro para entrar menos umidade quanto possível, que é bem alta o tempo todo, fora a possibilidade de pequenos insetos entrarem também e causarem um curto.

Tomadas de decisão
A estufa/galpão já está em operação e a irrigação por aspersores é feita por uma bomba acionada manualmente pelo funcionário todas as manhãs. Então o meu trabalho aqui se resume a fazer a eletrônica, o software e a sua instalação no galpão.

Como ainda não sabemos o impacto no cultivo, planejei com a Lumiar Cogumelos a implementação em várias etapas incrementais e começar o mais rápido possível. Assim, o protótipo V Mk I (Vinagre, marco 1) é bem básico e não tem mostrador nem grava log. Suas funções são:

  1. A cada 10 minutos verifica a temperatura e umidade;
  2. Caso a temperatura esteja MENOR IGUAL QUE 28ºC OU umidade MENOR IGUAL 85%, uma bomba é acionada.

Coloquei todos os componentes dentro de uma única caixa para facilitar a montagem em casa e depois só montar lá em Nova Friburgo. Pensamos na possibilidade de espalhar mais sensores e deixar a eletrônica perto da tomada da bomba, mas isso ia requerer passar um fio de 10m para o sensor, o que consideramos inviável.

Dadas as condições  com uma só caixa o sistema fica mais robusto. Isso é importante pois temos que considerar as intempéries  numerosos animais e que é uma área de movimentação na colheita, a probabilidade de romper um fio fino era grande. E o Xbee (para wireless) ia complicar o projeto e triplicar o preço.

Montagem
Comecei a montagem fazendo os testes somente a leitura de temperatura, depois só o acionamento do relay (Relé), vi que tudo funcionava e depois juntei as duas. Com a quantidade de fios aumentando começa a ficar mais complicado, principalmente para puxar e compartilhar a alimentação de 5V mas ainda dá pra fazer direto no Arduino usando os pinos VIN. Mais que isso, com o SD e o LCD, temos que usar uma prototype shield ou uma placa PCB de prototipagem e soldar as ligações.

Estágio de testes, montei com calma cada um separado e depois juntei a eletrônica e o código. Isso foi importante para entender a dinâmica e comportamento de cada elemento.

Lista de Material
Muitas peças eu já tinha estocadas, mas outras comprei na rua República do Líbano aqui no Saara. Se voce puder esperar pela entrega do eBay, a economia sai no mínimo em 50% incluindo a entrega, mas demora sempre entre 30 e 60 dias.

  1. Arduino Duemila – R$ 34.00 no eBay;
  2. Sensor DHT11 já montado- R$ 7,00 no eBay;
  3. Módulo relay (1 relay)- R$ 3,60 no eBay;
  4. Verniz para proteger eletrônica: R$ 12,00 no Saara;
  5. Fonte 220V input – 9V output 1A: R$ 18,00 no Saara (pelo menos é made in Brazil);
  6. Vasilha para servir de case: R$ 3,50 em loja de potes de cozinha;
  7. Base de mdf de 6mm, sucata.

Custo total: R$ 78,10
Sendo que o verniz ainda pode ser usado em muitos outros projetos, então o custo somente dos componentes seria de R$ 66,10.

Esquema de ligação do arduino, o relé e o sensor de temperatura e umidade

O esquema é basicamente este, foi desenhado no Fritzing. Só atenção aos pinos de saída que voce pode mudar como quiser.

Referências e programação
Provalvemente voce vai ter que baixar e instalar uma biblioteca do Arduino dentro da pasta libraries para poder incluir a dht11.h, para o relay não é necessário instalar nada. Segui este ótimo tutorial para o sensor de temperatura:
http://learn.adafruit.com/dht

Para o relay, este é bacana:
http://www.arduinotutorials.com/view.php?id=5555

Código

/*************************************************************
project: Irrigacao da Lumiar Cogumelos
author: Raphael Vinagre
data: 23/01/2013
description: Sistema de controle de temperatura e umidade de
estufa. Parametros definidos no codigo.

Intervalo de leitura: 10 minutos

Tempo de acionamento da bomba: 1 minuto
Componentes: Sensor DHT11, Relay.
*************************************************************/

int i = 0; // para contar o n de acionamentos da bomba

#include <dht11.h>
dht11 DHT11;

#define DHT11PIN 2 //pino do DHT11

#define RELAY1 7 //pino do relé

void setup()      {

Serial.begin(115200);
Serial.println("DHT11 TEST PROGRAM ");
Serial.print("LIBRARY VERSION: ");
Serial.println(DHT11LIB_VERSION);
Serial.println();
pinMode(led, OUTPUT);
pinMode(RELAY1, OUTPUT); 
}

void loop() {
Serial.println("\n");
int chk = DHT11.read(DHT11PIN);
Serial.print("Read sensor: ");
 switch (chk)

 {
 case 0: Serial.println("OK"); break;
 case -1: Serial.println("Checksum error"); break;
 case -2: Serial.println("Time out error"); break;
 default: Serial.println("Unknown error"); break;
 }
Serial.print("Humidity (%): ");
Serial.println((float)DHT11.humidity, 2);
Serial.print("Temperature (oC): ");
Serial.println((float)DHT11.temperature, 2);

 if (DHT11.temperature >= 28 || DHT11.humidity <= 90 )
 {
 Serial.print("Temperatura Maior Igual 28C \n");
 digitalWrite(RELAY1,LOW); // Turns ON Relays 1
 Serial.print("Bomba LIGADA \n");
 delay(60000); // Wait 1 minute
 digitalWrite(RELAY1,HIGH); // Turns Relay Off
 Serial.print("Bomba DESLIGADA \n");
}
else {
delay(60000); // Espera 1 minuto para nao dar diferenca de tempo se a bomba nao é acionada.}
Serial.print("\n id:");
Serial.print(i); 

 i++; 
delay(540000); // send the temperature every 10 minutes 540000 + 60000 milliseconds (bomba acionada)
 //pausa final: 10minutos. Calibrar pois o tempo dos intervalos se somam.
}

//
// END OF FILE
//

 

Incrementos futuros

  • Trocar o sensor DHT11 para o DHT22, para melhor resolução da umidade;
  • Acoplar o módulo SD para gravar um log da temperatura em uma planilha;
  • Colocar um mostrador de LCD com o status da medição;
  • Reprogramar o software usando funções de timer mais avançadas.

Espero que seja útil, e qualquer dúvidas, melhorias ou sugestões são sempre bem vindas. Assim que eu tiver as fotos e avaliações da instalação eu coloco em um novo post.

Fritizing: software para desenho de esquema de eletrônica

Estava estudando um pouco de Arduino no tempo livre e descobri por acaso este belo software gratuito. Sou leigo em eletrônica e talvez por isso fique muito mais fácil para montar os componentes olhando um desenho ou esquema, e com o Fritizing voce pode ter algumas vizualizações diferentes, incluindo essa que parece com os elementos na vida real.

Diga voce se facilita ou não para montar? O programa é muito bom para documentar o que fizemos, pois sempre que eu monto um projeto acabo desmontando depois, pois só tenho uma peça de cada.

Dentre as vizualizações diferentes, há com a prototype board, a de esquema de eletrônica tradicional e PCB.

É só baixar e usar. Na loja deles tem vários componentes e sensores com bons preços além de imprimirem circuitos sob encomenda também.

Link:
http://fritzing.org/

Adaptando um thermistor de 100k na mesa aquecida

Quando fui comprar as peças estava em falta o thermistor que todo mundo usa da Farnell. Aí o Maia pegou um de 9K de uma sucata e servia para monitorar a temperatura de um processador de PC e tacamos lá embaixo da mesa, só que mesmo com as tabelas do Repetier e do Marlin nunca funcionou direito, os 30º C do Rio de Janeiro viravam 62ºC e calibramos a mesa para chegar a 130/140º C.

Thermistor antigo e novo

Thermistor antigo que se parece com o modelo mais adequedo e a minha adaptação ao fundo.

Aí quando eu estava desmontando a mesa para melhorar a ligação com a eletrônica, trocando fios etc, pensei em colocar o thermistor de 100K de vidro que o Roberto [RJ] me deu para montar o hotend com bico de gás e tubo de freio. Como ele é de um tipo diferente, tive que dar um jeito de prensar ele sem quebrar pois não cabe no buraquinho no meio da mesa aquecida. Eu isolei as pernas com tubo termo retrátil  fiz uma cavidade para ele caber e coloquei pasta térmica o que aparentemente resolveu e agora pelo menos na temperatura ambiente está marcando a temperatura real.

Detalhe da instalação do thermistor

Instalação do thermistor de vidro sob a mesa aquecida (PCB MarkI). O orifício maior é onde entrava o thermistor antigo que media a temperatura e fazia contato pela ponta.

Agora os 30ºC sao 30ºC e na leitura com a mesa aquecida (que não pude verificar se é correta) chega a 110ºC em cerca de 8 minutos.

MariaMole, uma IDE melhor para o Arduino

O nome não parece lá muito sério mas a proposta é ótima e já tinha visto propostas similares no Kickstarter, eu quero é ter um tempo livre agora para poder testar isso.

Print screen da IDE

Para quem ainda não se aventurou no Arduino, o que este programinha quer trazer, é uma interface mais fácil para programar o Arduino, como por exemplo ver os arquivos e classes interdependentes que pelo menos eu só acho através da documentação e de pesquisa no código.

Não conheço o uso e se alguém da comunidade está usando, mas vale a dica, se alguém tiver mais informações aceito de bom grado. E mais uma notícia boa, pra quem gosta de fuçar mas não lá muita intimidade com os tutoriais em inglês, tem tudo em português sim! Aqui.

Via:
Eu vi esta novidade na lista de discussão da ReprapBr

RAMBo, eletrônica nova na área

Vi hoje pelo blog da Ultimachine o anuncio da nova eletrônica que já está a venda. O custo vale a pena (185 USD) e fica mais compacta. Seu nome RAMBo vem de (R)epRap (A)rduino-(M)ega-compatible (M)other (Bo)ard e é feita para ter mais compatibilidade com os firmwares desenvolvidos para a RAMPS.

Foto da eletrônica da Ultimachine

RAMBo da Ultimachine

 

Parece que a tendência é mesmo usar a eletrônica sem o Arduino completo (usando somente o processador), ao contrário da RAMPS. Não sou expert nem conhecedor de eletrônica mas todos os lançamentos que vi apontam para este caminho: Gen6 e Gen7, Gen7BR, Sanguilolou, RA 3D etc.

Desde:
http://ultimachine.com/rambo

Referência e documentação:
http://reprap.org/wiki/Rambo

Referências de eletrônica da Reprap

Já tinha havia um tempo eu vinha me preparando para falar um pouco mais de eletrônica das Repraps (assunto que eu não domino), aí topei com este blo que apareceu lá no grupo de estudos do Guilherme que já escreveu tudo mastigado sobre as opções mais comuns e os conceitos básicos.

Pra quem vai começar, é leitura obrigatória, até a presente data, os tópicos são os seguintes:

Eletronica
http://reprapdoguilherme.blogspot.com/2012/07/eletronica-5-afinal-o-que-sao-essas.html

Gen 7
http://reprapdoguilherme.blogspot.com/2012/07/eletronica-4-gen7-br.html

Sanguinolulu
http://reprapdoguilherme.blogspot.com/2012/07/eletronica-3-placa-sanguinololu.html

RAMPS
http://reprapdoguilherme.blogspot.com/2012/07/eletronica-2-placa-ramps.html

Mesa aquecida
http://reprapdoguilherme.blogspot.com/2012/07/eletronica-1-mesa.html

Mais uma alternativa de eletrônica: RA 3D

Vi la no Kickstarter, este projeto de eletrônica parece ousado. O projeto já atingiu o “funding” necessário. Se eu não tivesse já a minha, ia pensar seriamente entre esta e a simplicidade (e preço baixo) da Sanguiloulu.

A galera Reprap de SP está desenvolvendo uma que é bem promissora baseada na Gen7, mas aí até lá, quem vai montar e não tem condições (como eu) de fazer a sua própria placa na unha, vai ter que se virar para arrumar, quem sabe essa RA não fica sendo mais uma boa opção?

É bem completa tem umas bobeiradas como iluminação e fotos do andamento da impressão mas traz por exemplo o SD card nativo e um painel de controle. O preço bate mais ou menos com a RAMPS (com Arduino Mega) montada, $ 189,oo USD.

Features of RA:

  • Screw terminals for easy connection
  • MP3 sound controller add-on available
  • Lighting control – up to 64 RGD LEDs
  • Status updates via lighting
  • Modified Marlin firmware pre-installed and configured for typical 1-extruder machine. You can run up to 3 extruders
  • 5 PWM driven MOSFET outputs with indicator leds
  • 2 – 12V MOSFET outputs for heated beds (10A per board fused) controlled by one pin
  • 3 – 12V  MOSFET outputs fused together at 10A for extruder cores
  • One 5V PWM output fused at 5A with 5V rail
  • Buzzer – Beeps when using Elefu Control Panel menu for feedback.
  • Reset button for MCU
  • Up to 6 Elefu A4988 Stepper Drivers. X,Y,Z and up to 3 Extruders.
  • Elefu A4988 Stepper Drivers do Full,Half, Quarter, Eighth, Sixteenth micro-stepping support.
  • RA is pin compatible with pololu A4988 Stepper Drivers
  • Power on LED indicator
  • 4 Thermistor inputs measure temperature of heated bed and 3 hot ends
  • 6 Limit switch inputs with ground and 5V for optical or mechanical end-stops
  • Dedicated +3v3, +5v and +12v outputs fused at 5A per rail for additional components including light ring, fans, MP3 sound controller, lighting control kit, camera IR trigger and any custom uses you can think up.
  • Camera IR trigger kit available to use with marlin-supported remote camera trigger gcode command.
  • LED light ring
  • FTDI USB for programming the ATMega2560 and uploading custom firmware with dedicated TX and RX LEDs for communication indicators
  • ATMega2560 built in. All unused pins mapped to board with +5V, GND
  • ICSP pin header for direct AVR programming
  • ATX power supply input – takes 24 pin and either 4pin or 8 pin connector for a maximum of 36A of current on the 12V rails and 5A each on the 5V and 3v3 rail, with 500ma of standby power for essential components
  • Power supply can be turned off via software when printer is finished printing

Elefu control panel Add-on features:

  • Rotary encoder with push button switch to control menus and operate your printer without a computer
  • SD card support – Print from SD card, no computer needed to run printer
  • Remote reset button for emergency stops
  • LCD Display with menu system for control of printer

Desde:
http://www.kickstarter.com/projects/104819283/ra-3d-printer-controller-by-elefu?ref=category

Links relacionados:
Sistemas da Reprap