O Roberto [RJ] Wazen está me cobrando uma lista de todos os softwares que precisamos para imprimir. Sinceramente sei muito pouco sobre isso, o que eu conheço é pelo blog do Muringa mas acho que o post está com quase um ano e sei que ele não para quieto e está sempre testando muita coisa nova.
Assim que eu resumir os 3 artigos da semana e terminar uma inscrição pra um projeto la na UNIRIO (torçam por mim) dou uma olhada nisso.
http://reprapbr.blogspot.com.br/2011/09/it-works.html
Arquivo mensal: março 2012
Estrutura, extrusora e hotend
Fim de semana consegui dar uma boa adiantada na montagem. Aliás já temos um correspondente carioca para a “Masmorra” de SP: aqui se chama “A Varanda”. Sábado me reuni com o Roberto [RJ] Wazen na casa dele no Recreio, montamos a extrusora e testamos o bloco aquecido com o bico. No domingo entre um artigo e outro do mestrado eu terminei toda a estrutura mas não fixei tudo definitivamente porque meus rolamentos lineares (LM8UU) ainda não chegaram.

290mm cravados. As arruelas de pressão ficaram boas. No triangulo prendi elas ainda com o trava-roscas, mas não use se voce acha que vai desmontar, fica muito travado mesmo.
Para saber mais da montagem da estrutura veja aqui:
http://reprap.org/wiki/Prusa_Mendel_Assembly
Extrusora
Tive que pegar algumas peças do Roberto porque comprei as ferragens pensando na extrusora Wade´s. Essa extrusora do Muringa que é muito mais simples, o que é ótimo, mas requer os parafusos bem mais compridos e um pedaço de barra de 8mm que eu nao tinha.

Extrusora do Roberto (RJ) Wazen já montada. Aqui voce tem a lista de material e detalhes de como montar: "http://3dmachine.blogspot.com.br/2012/03/extrusor-reprap.html
Hot end ou bico aquecido
Depois montamos o bico aquecido para testar e o filamento saiu com 0,4mm medidos no micrômetro. Detalhe que a fonte do Roberto tinha 1A de corrente máxima, então não podemos testar no talo, ficou em 8V 1A mas chegou a 200ºC com a ajuda de um ferro de solda o que deu pra derreter o PLA numa boa.

Esse aqui é o esquema que testamos na "Varanda". Colocamos o bico montado com bloco com o resistor 6-8 ligado na fonte de 1A (que bateu no limite com 8V). Rosqueamos o bico no bloco de PTFE (Não temos certeza se é esse o plástico) e medimos dentro e fora do bico com o termômetro/voltímetro.
No blog do Paulo Fernandes tem como fazer também
http://3dmachine.blogspot.com.br/2012/03/o-hotend-ao-meu-ver-e-uma-das-pecas.html

Dentro desse bloco vai o resistor que gera o calor, aquece o bico e o parafuso derrerendo o plástico. Desafio: Se esquentar sem controle derrete a impressora toda, se resfriar demais, demanda muito mais energia e não derrete bem comprometendo a velocidade e qualidade.
As minhas peças do bico, são essas:
http://www.a2aprinter.com/index.php?route=product/product&product_id=62
http://www.a2aprinter.com/index.php?route=product/product&product_id=63
http://www.a2aprinter.com/index.php?route=product/product&product_id=68
O acabamento é bem tosco, com rebarbas e os furos não são muito paralelos mas isso é “perfumaria”. Funcionam bem. Dá pra achar melhor aqui no Brasil e fazer em casa até melhor caso tenha as ferramentas, só que para mim não vale a pena. O Rubens Aranda ia fazer umas peças mas não sei em que pé está isso.

PLA derretendo e base intacta, passou calor mas não chegou perto de derreter ou deformar. É bom trabalhar o dia todo e ver que a montagem funciona.
Montagem final na extrusora
Ainda estamos na dúvida de como montar o bico aquecido na extrusora, mas na medida do possível vou seguir o blog do grupo de estudos. O Roberto tem uns tarugos de plásticos diversos e usamos um que aguentou o tranco a 200ºC muito bem e daí pensamos em fazer tudo com ele. No entanto ainda temos que testar de maneira segura para a gente e para os equipamentos (o Roberto me achou doido e ficou com medo de eu explodir tudo). Infelizmente não sabemos o nome, se é PTFE ou outro. Fizemos uns testes derretendo eles com o bico da solda e este era bem mais resistente, só furou/derreteu com uns 400ºC.
Minha tendencia é usar madeira que é o material que tenho mais intimidade, mas acho também que posso fazer uma luva de madeira bem densa por fora e acima do PTFE usando para fixar e dar firmeza também. Pois a minha crença é: se isolarmos demais as laterais, o calor vai subir e passar para a extrusora derretendo tudo. Vamos ver…
Começou a montagem da estrutura!
Ainda no domingo que voltei do encontro do Guia CNC de Campinas não resisti. A Nat não estava em casa, tirei a Grasovka da geladeira para homenagear o tio Leopoldo, peguei as peças e comecei a montagem.

Peças feitas pelo Muringa, boa qualidade e suporte, tive a oportunidade de pegar pessoalmente com ele em Campinas e receber algumas instruções de montagem.
As peças amarelas são de PLA e as brancas de ABS e quem produziu foi o jovem Muringa. As de ABS são para a extrusora pois aguentam mais temperatura: 200º C mais ou menos.
Tenha paciência, não aperte os parafusos
Eu já tinha estudado o manual do Gary Hodgson mas mesmo assim dei mole e tive que refazer alguns passos. Nem tudo é igual, lembre-se que é Opensource e por isso ela evolui mais rápido que a documentação. Nunca aperte o parafuso de primeira, você tem que ter jogo para ajustar milímetro a milímetro então tem que passar e rosquear pra lá e pra cá algumas vezes. Também você precisa de folga para fazer alguns encaixes, se aumentar a pressão e tentar botar na “força bruta” pode quebrar a peça de plástico ou empenar as barras, o que vai te dar erros difíceis de detectar no futuro.

Seguindo as instruções, parece que está certo. Leia e releia atentamente e arrume uma BOA régua para medir as distâncias depois.
Problemas
As laterais são dois triângulos equiláteros. ok.
Só que a ultima perna entra bem justa, então tem que rosquear do início até o final. É chato mas voce só faz uma vez. Acende um cigarro, toma mais uma vodka que passa rápido. Se você tiver montado cada lado com uma peça antes, desmonte e faça tudo de novo. Talvez isso tenha acontecido porque as peças do Muringa estavam bem justas mesmo, o que pra mim pareceu melhor pois me dá a impressão que vai ter mais firmeza.

A ultima perna deve ser passada por dentro da primeira peça, rosqueada 'ad infinitum' até chegar na outra peça. Fica bem firme.
Dúvida
Eu apertei para testar e acabei usando as arruelas de pressão no lugar das normais. Será que vai dar problema? Meu medo é apertar demais e causar fissuras no PLA já que também tem a questão de a arruela normal deslisar e proteger mais que a de pressão por causa do dente da ultima. Talvez eu desmonte e coloque uma arruela normal com uma de pressão por cima, pelo menos nas extremidades. Alguém tem alguma idéia?
Onde conseguir eixos (ou barras lisas) sem gastar nada ajudando a reduzir a quantidade de lixo no planeta
Para quem quer montar uma Reprap ou uma pequena CNC é bom ir recolhendo impressoras e scanners descartados. É impressionante a quantidade de coisas que dá pra aproveitar! Causa uma certa confusão em casa e abala a harmonia do lar, mas se voce for rápido, consegue tirar o que interessa e quardar dentro de uma caixinha sem causa muito estresse. rs.

Quem vai ficar com as barras? Esse scanner tinha até um Nema17 com balancete para reduzir a trepidação do movimento. Tava lindo, novinho, pronto pra usar!
Dentre as coisas mais valiosas estão as barras lisas de 8mm, correias (GT2 e outras), rolamentos, conectores, fios e cabos, polias metálicas e de poliester, motores de passo, condensadores. Porém se voce tiver mais conhecimento de eletrônica (coisa que eu não tenho) da pra usar ainda mais coisas: transformadores, drivers (que é uma parte crítica para ligar os motores de passo) e mais coisas. Lembre-se, tenha sempre uma chave torx a mão.
Fiquei quase dois meses procurando com pouco sucesso. Pedi para a Nat e a minha irmã fazer campanha no facebook, falei com todo mundo do trabalho e família que eu recolheria mas só consegui duas impressoras e um fax, só que a barra de uma era de 12mm o que não deu pro meu projeto.
Um bom tempo depois de eu comprar as barras com o Rubens Aranda, no encontro do Guia CNC em Campinas, o Medino (que é o melhor anfitrião do mundo) presenteou-nos com uma caixa cheia de sucata de impressora, que o Jost e o André “Paz profunda” desmontaram em minutos! Lá tinham todas as guias do mundo! rs.
Estou vivo!
Já faz um tempinho que não atualizo mas esta semana está difícil. Fiquei um dias baqueado e de ressaca constante por conta da morte do Leopoldo juntando com o cansaço de estar trabalhando bastante e sem ritmo no mestrado. Mas não estou parado. Tem a montagem da estrutura da Prusa com as peças do Muringa, a hotbed chegou e devo testar tudo de eletronica com o Roberto Wazen [RJ]. Tem ainda um projetinho com Arduino e RFID que o Roberto também vai ajudar mas antes vou ver com a minha orientadora se é tranquilo postar aqui. Volto logo!
Leopoldo Palmeira
Enquanto eu passava pela rodovia Presidente Dutra na altura de Piraí a caminho do Encontro do Guia CNC recebi o telefonema da minha irmã dizendo que na madrugada de sexta para sábado faleceu meu tio Leopoldo, um grande pedreiro e o mais próximo dos 13 irmãos da minha mãe. Pode parecer estranho citar isso aqui mas o faço porque o ‘titio’ me mostrou que eu era capaz, ensinou e inspirou muito no que diz respeito a trabalhos manuais e técnicos.
Meus pais sempre tiveram compulsão por obras e construções então estávamos sempre nos mudando, reformando e construindo casas e apartamentos. Então nesta época, dos meus 10 aos 15 anos muitos e muitos dias de tarde depois de voltar da escola e nas férias ao invés de ficar nos videogames eu ficava na obra junto dele e a peãozada.
Ele era grandalhão, com uma grande barriga de cerveja, poucos cabelos e uma longa barba e até hoje quando eu vejo o rótulo do Velho Barreiro me lembro dele. Nas obras ele sempre se saiu como um líder nato, era um cavalo, tinha uma certa imponência pela força física, voz grave e pelo ritmo alucinado de trabalho, coisa de admirar mesmo. Uma vez ele apostou uma grana com o meu pai que sozinho assentaria 1000 tijolos em um dia contando somente com a ajuda do Zé Pezão virando massa. Ganhou mas só depois de pressionar muito o Zé pra virar massa mais rápido.
Ele sempre trabalhava por empreitada e nunca ficava longe da sua esposa, a ‘Zaré’ no fim de semana em Piraí, por isso toda sexta-feira era tensa e todo mundo que estava atrapalhando era chamado de ‘gambá’, ‘imundície’ (que ele falava como ‘imundiça’) ou então recebia um xapisco de cimento como aviso por que ele estava ‘abafado de costura’, um verdadeiro ‘catiço’. Um dia de trabalho passava voando perto dele pois falava besteira, inventava apelidos, imitava e sacaneava os vizinhos, clientes, fornecedores brincando com todo mundo o tempo todo mas sempre puxando para o ritmo de trabalho dele.
Ele me colocava para fazer coisas mais leves como passar e instalar fios de eletricidade, carregar material aos poucos e organizar ferramentas, carrinho de mão de concreto, cortar arame para fazer armação de vigas e lajes, colocar tábua corrida alucinadamente (acho que colocamos mais de 200m2), retirar peças aproveitáveis ou reclicáveis antes de demolir, serrar madeira. Me ensinou a instalar terminais, tomadas, “three ways”, disjuntores e tudo o mais com a eletricidade ligada. Depois que eu fiquei reclamando que tomava choque, ele pegou numa fase e me segurou pelo braço me deu um baita choque e gritou: viu, voce não morreu gambá, isso não é nada! Cê ta bozin! Vambora, pega esse lado aí que eu quero terminar este andar hoje!
Ao contrário dos almoços de escritório onde reclamamos de todo o conforto, uma das melhores impressões era a parada sagrada do almoço. Todo mundo com a sua marmita inclusive eu, com uma silenciosa satisfação, uma espécie de comunhão, comendo tudo, estalando a boca e lambendo os beiços depois de gastar tanta energia. Me lembro da forte impressão da primeira vez que entrei em uma favela que era bem pobre na época. Todos os dias depois deste almoço pacífico, o titio e alguns desalmados iam tomar uma cachaça e me levavam junto em uma espécie de botequim la no Boogie Woogie mas que tinham umas meninas que ele pegava pelo braço com toda a grosseria e as colocava para conversarem comigo: Vem falar com ele! É meu sobrinho. Ele te quer, só tá com vergonha. Não lembro de muito disso, só que eu não era alto o bastante para sentar e alcançar o balcão, então via o copo de cachaça por baixo e tinha que levantar a mão pra pegar e que eu era o ultimo a terminar a minha cachaça pois meu paladar ainda não estava desenvolvido o bastante para virar de uma vez. As vezes ele me dava um guaraná Tobby.
Não sei o que se passava pela cabeça dele ao tratar comigo pois eu era um menino raquítico e um tanto tímido e distante do mundo dele, brincava de Lego e chorava copiosamente por qualquer nota abaixo de 8,0. Não sei se ele queria ou tinha pretensão de ensinar alguma coisa mas sei que aprendi bastante coisas como trabalho em equipe, dignidade e orgulho em qualquer tipo de trabalho, concentração nas atividades manuais, usar serrote e formão, que para produzir muito e ser bom no serviço você não precisa e não deve ser mau-humorado ou babaca, ensinou ainda a fazer encaixes de madeira, xingar os outros sem parecer ofensivo, sacrifício e dureza que os trabalhadores tem que suportar. O mais importante de tudo foi ver que existe uma relação de moral mesmo que inconsciente que se cria quando um trabalho ou serviço bem feito é realizado. Com o tio isso dava a ele uma espécie de liberdade e moral para tratar o dono da obra pior que o servente e o servente melhor do que o presidente da empresa como o dia em que ele sem dor na consciência esvaziou uma jerica de concreto na cabeça de um engenheiro que tirou a garrafa de cachaça dele.
Faz mais de 10 anos que eu não o via. Ele andou bastante doente do coração e pressão em parte por causa do álcool que nunca largou assim como o pai dele, meu avô. Só me disseram que estava muito grisalho e que pelas fotos achou a minha esposa linda, e que se eu desse mole, ele ia “arrastar” ela para Piraí. No ultimo mês ele acordou do coma e enquanto as pessoas rezavam e davam graças, suas primeiras palavras com o bom humor de sempre foram: ôoo, eu quero é uma gelada! Adiei a visita muitas vezes a ponto do esquecimento. Sempre aparece um churrasco, freela, aniversário de alguém, jogo de futebol ou o raio que o parta que a gente deixa estas visitas para lá.
Ele pode desaparecer, mas um pouco dele vive nas dezenas e dezenas de casas e prédios que ele construiu e em mim, em cada ferramente empunhada e nos trabalhos manuais que eu faço.
Construtor incansável
Fanfarrão nato
Amigo
Descanse em paz.
Acessibilidade
Uma das razões pelas quais eu quero montar uma Reprap, é o mestrado em IHC na UNIRIO que comecei a cursar esta semana. Pretendo um dia fazer interfaces hapticas ou no minimo botões em braile, talvez uma impressora de braile muito barata ou outros meios para contribuir na área do acesso dos deficientes.
Na primeira aula já discutimos um pouco de acessibilidade e vimos este video muito legal que não resisti e quis colocar aqui. Tem participação do MAQ que é um profissional adimirável e acho que outras pessoas do laboratório da Simole Leal que é a minha orientadora mas não tenho certeza pois ainda é a primeira semana e não estou enturmado assim ainda para saber.
Parte 2:
Smooth rod. Eixo ou guia linear?
Função, especificações e opções.
As guias lineares, ou eixos, servem para auxiliar e dar firmeza aos movimentos paralelos na mesa que são tracionados pelas correias e no eixo vertical (z) que é movido através das barras roscadas. Aí vão deslizar as LM8UU, buchas ou qualquer outra coisa que voce inventar.

Imagem do manual em pdf, feito pelo Gary Hodgson (http://garyhodgson.com/reprap), todo mundo deveria ler antes de começar a montar. Alguns conceitos e mecanismos ficam muito mais claros.
Afinal, qual o nome: eixo ou guia linear?
Como de costume aqui no Rio de Janeiro, o atendimento é de regular a péssimo e o balconista não se preocupa ou tenta entender o que voce quer. Me pareceu que a prioridade é mostrar superioridade atrás do balcão e tirar onda com a sua cara. No final a discussão sempre girava em torno de: uma “coisa redonda assim” não é guia, é eixo ou “se voce não sabe o que quer e eu não te vendo”.
Depois de algumas buscas infrutíferas, comprei de São Paulo diretamente com o Rubens Aranda que é participante do grupo ReprapBr. As barras já vieram cortadas no tamanho, com o acabamento do corte bem feito e muito bem embalado. O preço me foi justo: R$ 66,00 já incluído o frete. Contando que o vaga certa é R$ 2,oo e gastei uns 4, mais a gasolina, o tempo de hora de trabalho que perdi em São Cristóvão a 40ºC valeu muito a pena.
Mm? Lamento, só temos em polegada.
Cheguei a achar na Cavallo Aços Especiais, onde o atendimento foi excelente (não existe balcão), você vai direto na oficina com quem entende do assunto. No entanto eles só tinham barras em polegada, o famoso 5/16″. Um problema é que o vendedor já falou que o material é flexível, e não é retificado, a loja é mais voltada para construções náuticas e a barra parece mais um vergalhão de luxo do que para usar em uma estrutura bem justa.
Perguntei no fórum e parte dos reprapzeiros usam 5/16 com a LM8UU (de 8mm) e dizem que a folga é imperceptível. Acredito sim pois a diferença é de 0,06mm. Para achar estas medidas eu chego no google e digito “5/16 inch to mm” e pronto: (5/16) inch = 7.9375 millimeters. Então, se voce achar uma boa barra de 5/16 e tiver as LM8UU, pode mandar brasa!
Mais dúvidas de conevrsões use isso:
https://www.google.com/intl/pt-BR/help/features.html#calculator
Mas e a flexibilidade?
Muito se discutiu no grupo sobre a flexibilidade e oxidação entre um tipo de aço carbono, cromado ou outros. No final das contas, na ficou provado que a diferença de flexibilidade/dureza entre um e outro é desprezível pelas dimensões da PRUSA. Sobre a ferrugem há discordâncias, não altera o funcionamento a princípio mas no final dá mais trabalho para a manutenção devido a necessidade de lubrificação. Aqui vai o endereço da thread:
https://groups.google.com/d/topic/reprapbr/f2sLmhI8UG4/discussion
Afinal, onde comprar?
Como já falei, aqui no Rio de Janeiro foi bastante frustrante, fui algumas vezes a São Cristóvão e nada… Comprei com o Rubens mas na lista as pessoas também compram na Marvitubos ou Kalatec o que para mim implicaria mais interurbanos pois estes lugares mais industriais ao contrário da China ou eBay não são muito afeitos a email. Como foi a única compra de eixos que fiz na vida, recomendo pois não tive trabalho nem estresse nem desperdício de material.
Referencia
O blog do Diogo Rodrigo Reis tem um post bacana sobre esta etapa da montagem: http://digoreis.net/projetos/2012/01/termino-da-estrutura/
Lembrete repetitivo:
A Prusa foi projetada para ser simples! Sempre que as coisas começarem a ficar confusas com especificações demais, volte as origens: o wiki da reprap.org.
Mais um blog e uma reprap brasuca
É muito legal ver a comunidade se expandindo, desta vez o Paulo Fernandes de São Paulo está documentando a montagem da Prusa dele. Espero que em breve apareçam mais impressoras aqui do Rio!
http://3dmachine.blogspot.com/
Mais sobre motores de passo
Antes de mais nada, quero deixar claro que ainda não montei a minha Prusa e as peças ainda estão chegando (Muringa, cade as peças? rs), portanto tudo o que eu falar é resultado das minhas pesquisas principalmente no grupo (http://groups.google.com/group/reprapbr) e dúvidas de leigo.
No momento estou me debruçando sobre os motores e percebendo que a grande questão é a sua compatibilidade com a eletrônica. São algumas variáveis que eu não conhecia e recorri a galera do grupo de estudos Reprapbr sobretudo o Alain Mouette que teve a gentileza de responder as perguntas e complementar com algumas informações.
Dimensões do motor:
Seu motor vai ter que caber e ser parafusado/encaixado nas partes impressas. O tamanho parão é NEMA17 (um padrão interessante para estudar como curiosidade), isso significa que tem 1,7 polegadas, ou 42mm de lado.
Segundo o Alain, o comprimento do motor é diretamente relacionado com a força do motor. Os maiores são de 48mm, portanto recomendados. Ele não acha que faça diferença um de 40mm, mas o menores são mais fracos.
As demais especificações como eixo de 5mm são as mais comuns, o projeto já foi feito para simplificar se for diferente vai ter que adaptar.
Torque
Para o extrusor tem que ter no mínimo 4.4 N/m de torque (1N = 1Kg.f), o que dá 61 oz/in (onças por polegada). Em Steppers nunca se avalia a “potência”, mas sim o torque (holding torque).
Para o extruder é bom um motor forte, para os eixos XY é bom um motor forte e rápido, para o Z pode ser mais fraquinho porque os movimentos são lentos e muito desmultiplicados por causa da barra roscada.
Para os demais movimentos, acho que não necessita tanto, mas é altamente recomendado ter os outros motores iguais entre si por que senão vai ser bem dificil
regular, sincronizar e calibrar.
Dica:
Só acho anúncios em oz/in, como achar o torque?
http://www.alwayslearn.com/conversion/torque.html
Dados mais dificil mas importante:
- Resistência (Ohms).
Segundo o Alain, os drivers atuais das RepRaps são bons, mas devem aguentar 1.8A bem no limite.
Isso é realmente importante, mas tem um motivo por trás: o mesmo motor (exatamente) é fornecido enrolado com diversos fios diferentes. Em geral um é para alimentar com 12V sem limitação de corrente, a resistência é a mais alta, e é o mais fraco. Os demais são enrolados com fio progressivamente mais grosso, isso diminui a resistência, mas principalmente a indutância, mas como muitas vezes só se sabe a resistência serve como avaliação grosseira.Esses demais motores precisam de um driver com limitação de corrente, bem mais complexo, mas conseguem uma velocidade melhor porque o torque cai menos com a velocidade.É comum alimentar motores com 20 a 50 vezes a tensão nominal, mas o driver custa muito mais caro… e temos que nos limitar a 12V (no caso do Alain, ele usa 24V).
Sobretudo pra quem é pão duro como eu e gosta de economizar, a tentação de comprar promoções no ebay, alibaba.com, goodbuy etc é grande porém é bom prestar atenção a estes detalhes antes de fechar a compra. Aqui vai uma dica que rolou lá na lista: um motor com 1.7A de resistência, torque e corrente bons.
Mais uma vez, gostaria de agradecer ao Alain Mouette pela paciência e boa vontade de responder as perguntas cujas respostas estão aqui.